23 de abril de 2024 - 04:38

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Janete Manacá Lançará 5 Livros na Casa das Pretas 11 Dezembro 19 h

AUTORA LANÇA 5 LIVROS NUMA ÚNICA NOITE

 

 A escritora e poeta Janete Manacá lança no próximo dia 11 de dezembro cinco livros, por meio do portal online do Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune-MT), a Casa das Pretas. Tecelã de memórias, (narrativas), Valentina, A menina que brinca com o vento (infantil), Outono para além da janela (poesia), GAIA - A poética silenciosa do Amor (poesia) e A sabedoria dos caminhos: poesia em tempos de pandemia são as novas obras de Manacá.

 

Os livros já estão à venda e podem ser adquiridos com a autora, que futuramente pretende realizar o lançamento deles de forma presencial, com mais segurança.

 

Em 2018, aos 61 anos, já aposentada como servidora pública federal, lançou numa única noite 3 livros de poesias: Deusas aladas, A última valsa e Quando a vida renasce do caos. Em 2019 houve mais dois lançamentos: Sinfonias do entardecer e Extasiada de infinitos. 

 

As protagonistas das suas poesias são a Mãe Terra, as ancestrais e as mulheres em conexão com o sagrado útero planetário. À essas mulheres, com essas mulheres e por essas mulheres ela escreve. Sua poesia contém perfume, memória, sabor, cura e proteção, que invoca e convoca todas essas mulheres a estarem no seu lugar de guardiã, devota, curandeira, parteira, rezadeira, raizeira, benzedeira, dentre outras, num acolhimento afetivo, solidário e amoroso. 

 

 

Tecelã de memórias

 O livro Tecelã de Memórias, com ilustrações de Elis Souza Rockenbach, capa da artista plástica Cidinha Ferreira e prefácio da atriz Lúcia Palma, é marcado por reminiscências que povoaram o imaginário da autora, da infância à vida adulta e agora são compartilhadas com seus leitores. Em “A menina que nunca deixou de sonhar” a autora relata seu cotidiano nos rigorosos dias de inverno na lavoura de café no norte do Paraná. “A vida não oferecia uma segunda chance. Ou vencíamos os desafios ou eles nos destruíam sem nenhuma piedade. Na lei dos mais fortes, os frágeis vencem pela teimosia...” Remeteu-me a Ana Terra, de Érico Veríssimo: “vou vencer por birra”, destaca Lúcia Palma, atriz e especialista em semiótica da cultura.

 Na narrativa “Crianças boias-frias e as aventuras na colheita de algodão” ela conta que aos 10 anos teve que deixar a escola no término do segundo ano primário por “necessidade de sobrevivência”(sic)... “nem o amor ao conhecimento e a súplica da Professora” puderam salvá-la. Ela diz: “fome não rima com poesia e muito menos com o desejo de sonhar”, ressalta Lucia Palma.

 A autora relata de maneira especial sua acolhida por Cuiabá desde o início e como ela se apaixonou por essa Capital. Em suas narrativas ela faz um passeio pela vida noturna da cidade, suas descobertas culturais, as relações de amizade com artistas que tocaram seu coração e o encanto com as belezas de Chapada dos Guimarães, com destaque à cachoeira “Véu da Noiva”.

 

 

Valentina, a menina que brinca com o vento

 Com ilustrações de Elis Souza Rockenbach, o livro “Valentina, a menina que brinca com o vento” é a primeira produção infantil da autora e conta as aventuras criativas de uma menina, que até os 8 anos de idade viveu no campo e usufruiu dos benefícios da mãe natureza. As ilustrações em preto e branco, tem como objetivo propiciar à criança uma interação lúdica com a obra. “Cada criança é única e traz em si um inesgotável potencial artístico. Então é ela quem irá, de acordo com a sua percepção, colorir o livro, dando ao mesmo a cor que lhe sugere a história”, conta Manacá.

 Nas páginas finais há alguns jogos como, caça palavras, entre outros, que também instigam o desenvolvimento intelectual e criativo da criança. “Por incrível que pareça este livro teve boa aceitação inclusive entre os adultos que entram em harmonia colorindo as ilustrações”, conclui a autora.  

 

 

Outono para além da janela

 

Capa da artista plástica Cidinha Ferreira e prefácio da poeta Mirian Marclay. Esse livro foi inspirado em várias vivências cotidianas e muitas delas remetem à infância, mais especificamente a estação de outono. Essa estação que traz como lição a necessidade de exercer o desapego é um tempo de reclusão e de compreender que o ser humano é uno com a natureza. É um momento de maturidade que traz reflexões acerca das perdas e conquistas e nos ensina a ressignificar o que realmente é importante na vida.

 Conforme descrito em seus versos, o outono trouxe muita dor à vida da autora, e a fez compreender que era nessa estação que as grandes mudanças aconteciam. Um período de muitas dificuldades. Era preciso despir-se da pele habitada para que nova roupagem pudesse revestir o corpo para a chegada do inverno.

 “A poesia é um resgate de si mesmo no tempo presente. E esta obra é um presente que nos instiga a resgatar-nos um pouco mais através do olhar sensível e conectado a Gaia desta autora tão sensível e ligada aos movimentos atuais – sem esquecer de suas raízes atemporais,” ressalta Miriam Marclay, poeta e escritora.

 “Entre o parapeito e as flores / o olhar expandido voa / para além dos sentimentos / quantas poesias foram colhidas / entre as folhas brincando ao vento / aos olhos apressados do tempo (...)”, poesia, com o mesmo título do livro.

 

 

GAIA – a poética silenciosa do amor

 

Capa do artista plástico José Augusto e prefácio da poeta Lívia Bertges. Gaia – a poética silenciosa do amor nasceu em plena pandemia e chama a atenção para o cuidado amoroso e necessário àquela que tudo nos prove: a Mãe Terra. O livro traz a tona reflexões acerca deste momento de incertezas e conclama às pessoas para uma nova era de amor, entrega, partilha e solidariedade. A autora espera que as poesias nele contidas possam reverberar a urgência do cuidado planetário. 

 O livro faz um convite às curandeiras e guardiãs da vida planetária sob ameaça de extinção a darem as mãos numa harmoniosa ciranda para acolhê-la com amor e bem-quer. “Vigie a plenitude da Terra, escute o silêncio. Acolha-os. Este é o convite primordial desta escrita-anfitriã de Janete Manacá”, reforça, Lívia Bertges, poeta e doutora em estudos literários pela UFMT.

 De acordo com a autora, Gaia é e sempre será protagonista das suas poesias. “Seus dias são de vigília universal / Têm destaque nos meus versos / transbordam nas páginas do meu ser / sua força é proteção / dos meus dias inquietos / Senhora dos meus desertos,” estrofes da poesia, Senhora dos meus desertos.

A SABEDORIA DOS CAMINHOS: poesia em tempos de pandemia

 A capa dessa obra é da artista plástica Daniela Monteiro e prefácio de Silviane Ramos, Herdeira do Quilombo do Quariterê. Esse livro foi produzido totalmente durante na quarentena. As 101 poesias nele contidas fazem parte do “Momento com Gaia”, projeto criado no início da pandemia e tem por finalidade enviar todas as noites um áudio com poesias de autoria de Janete Manacá para centenas de pessoas do Brasil e outros países, via whatsApp.

 Esse projeto nasceu com a necessidade de expressar o seu afeto a dezenas de pessoas que estavam ansiosas, depressivas e muitas delas desenvolvendo síndrome de pânico. Já foram enviadas mais de duzentas poesias. Além desse, já esta em andamento mais um livro. “Expostos à iminência da morte, fomos tocados pelo desejo de viver. O projeto continua a todo vapor. Às vezes quando eu atraso o envio as pessoas me mandam mensagens cobrando. Muitas não dormem enquanto não ouvem o Momento com Gaia”, declara Janete.

 “De repente o passado já não cabia no hoje. A cadeira de balanço passou a ser o lugar mais cômodo para repensar a vida e dar novos tons ao cotidiano. Era preciso aprender a lidar com as frustrações, curar as feridas, perdoar, desenvolver a compaixão, saber ouvir. O momento pedia calma, acolhimento, solidariedade, desapego, entrega, amor. Havia uma necessidade urgente em aprender a organizar o caos, arrumar a casa, exercitar a compreensão, dialogar, ser e estar no mundo vivenciando o agora na intensidade que o momento requeria. Como um convite que a todo instante nos instigava a reinventar novos caminhos,” esclarece Janete na apresentação.

 

 (foto: Fred Gustavos)

 

Sobre a autora

Janete Manacá (Janete Ferreira da Silva) é filha de camponeses, aposentada, escritora e poeta. Passou a infância num povoado rural no norte do Paraná. Ama a vida, a natureza e todas as formas de arte. Bacharel em Serviço Social, Rádio e TV e Filosofia pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). É colaboradora do Parágrafo Cerrado e integrante do Coletivo Literário Maria Taquara, ligado ao Mulherio das Letras/MT. Possui poesias publicadas na Revista Pixé, Ruído Manifesto, Ser MulherArte, TyrannusMelancholicus e outras mídias.

Serviço

 O QUÊ: Lançamento das obras

  1. Tecelã de memórias
  2. Valentina, a menina que brinca com o vento
  3. Outono para além da janela
  4. GAIA - A poética silenciosa do Amor
  5. A SABEDORIA DOS CAMINHOS: poesia em tempos de pandemia


QUANDO: 11 de dezembro de 2020, às 19h

ONDE: Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune-MT), a Casa das Pretas (LIVE)

MEDIADORA: Marta Cortezão do Mulherio das Letras da Espanha

 Elienai Corrêa

Jornalista DRT/MT 1835

 

 

 

 

 

 

 


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