20 de abril de 2024 - 11:13

Entretenimento

20/11/2021 00:00

A poetisa Lindalva Matos Alves Cabral mostra todo seu talento em edição especial.

Lindalva Matos Alves Cabral, 46 anos, nasceu em Jaciara MT, mas reside  entre  Cuiabá e Várzea Grande há mais de vinte anos. Intérprete de libras na rede estadual de ensino a mais de 14 anos.

Ela também é pedagoga, psicologa e poetisa. Suas poesias estão espalhadas por vários cantos de nosso estado, do nosso país através da internet e de publicações como a da revista Falange Miúda.

Lindalva com sua sensibilidade e grande percepção do mundo atual faz com que suas poesias nos levem a pensar na realidade do mundo contemporâneo .

Uma de suas poesias que mais chama atenção é a Doce Infância , que nos mostra de forma leve as mudanças de hábitos com o passar dos anos . Confira algumas obras da nossa renomado poetisa em especial Doce Infância.

 
 
 
 
 
REVISTA FALANGE MIÚDA (ReFaMi)
Seção “Primeira impressão”. (Ano) V. 4, n. 1, jan.-jun., 2019
 
200
DOCE INFÂNCIA
 
Da minha infância, sinto saudade
Das brincadeiras daquela época
Pula corda, rouba bandeira, esconde, esconde e jogar peteca.
 
Passava o anel e bem guardadinho, tentava adivinhar pra ganhar um beijinho
Corria atrás da pipa toda a gurizada, no terreiro gritando pra ver quem iria pegar.
 
Os meninos faziam uma bola com a meia
E também brincavam de queima, queima
E com os litros cheios de bolitas
Os mais espertos faziam fitas.
 
Riscavam o chão pra pular amarelinha
E de sete Marias as meninas brincavam
E as pedrinhas pra cima sorrindo jogavam.
 
No rio a criançada o banho tomavam
Comiam as frutas que do pé retiravam
Oh, doce infância que traz lindas lembranças
Momentos felizes, quando era criança.
 
 
 
 
REVISTA FALANGE MIÚDA (ReFaMi)
Seção “Primeira impressão”. (Ano) V. 4, n. 1, jan.-jun., 2019
 
201
SINTO SAUDADE
 
Ah, sinto saudade da minha infância
Tempos felizes quando era criança.
Brincava na rua com meus amiguinhos
Pra onde ia nunca estava sozinho.
 
Era uma gurizada, subindo no pé de goiaba
Cutucava os marimbondos
E corriam dando risadas.
 
Tomava banho no rio e era a maior fulia
Até quem não sabia nadar, a gurizada acudia.
Cuidava com carinho dos amigos do peito
Ai, se ágüem judiasse a turma pegava de jeito.
 
Tempo bom quanta saudade!
Do meu tempo de infância.
As vezes me pego lembrando
De quando eu era criança.
 
 
 
 
LINDALVA ALVES

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