26 de abril de 2024 - 05:27

Polícia

28/10/2021 11:35 Folhamax

PF apreende “mega lancha” de investigado no Manso; prefeitura não é alvo

Agentes da Polícia Federal apreenderam uma “mega lancha” no Lago de Manso, em Chapada dos Guimarães. O veículo náutico pertence a um dos investigados na “Operação Cupincha”, deflagrada nesta quinta-feira (28).

Além da lancha, veículos de alto padrão foram apreendidos na cidade de Curitiba (PR) com o empresário Paulo Roberto de Souza Jamur, preso na operação. Os veículos estavam em nome de terceiros, para ocultar o patrimônio dele.

Ao todo, estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão  nas cidades de Cuiabá e Curitiba, além da efetivação de três prisões preventivas e de medidas de sequestro de bens, direitos e valores. Um dos presos é o ex-secretário de Saúde, Célio Rodrigues, e o terceiro mandado de prisão ainda não foi cumprido. O nome do foragido ainda não foi divulgado.

Um dos alvos de busca e apreensão é a Cervejaria Cuyabana, localizada em Várzea Grande. A suspeita é de que ela tenha sido adquirida por agente público e um dos empresários com contratos na saúde que firmaram uma “sociedade oculta”.

Apesar de investigar fraudes na Saúde de Cuiabá, nenhum prédio da prefeitura é alvo da PF. Por meio de nota, a prefeitura se colocou a disposição das autoridades para colaborar caso seja solicitada.

CUPINCHA

Como se apurou na primeira fase da Operação Curare, um grupo empresarial, que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde do Município de Cuiabá e que recebeu, entre os anos de 2019 e 2021, mais de R$ 100 milhões, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas, seja de forma direta ou por intermédio de empresas de consultoria, turismo ou até mesmo recém transformadas para o ramo da saúde. 

Após o ingresso dos recursos nas contas das empresas intermediárias, muitas vezes com atividades econômicas incompatíveis, os valores passavam a ser movimentados, de forma fracionada, por meio de saques eletrônicos e cheques avulsos, de forma a tentar ocultar o real destinatário dos recursos. 

A movimentação financeira também se dava nas contas bancárias de pessoas físicas, em geral vinculadas às empresas intermediárias, que se encarregavam de igualmente efetuar saques e emitir cheques, visando a dissimulação dos eventuais beneficiários. 

Paralelamente, o grupo empresarial investigado na primeira fase da Operação Curare promovia supostas “quarteirizações” de Contratos Administrativos, que viriam a beneficiar, em última instância, o servidor responsável pelas contratações com a Secretaria Municipal de Saúde e Empresa Cuiabana de Saúde Pública, incluindo o pagamento de suas despesas pessoais. 

O nível de aproximação entre as atividades públicas e privadas dos investigados envolveu a aquisição de uma cervejaria artesanal, em que se associaram, de forma oculta, o então servidor público e o proprietário do grupo empresarial investigado. 


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