TJ mantém condenação de empresário ligado a “esquadrão da morte” em MT
O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Marcos Machado, negou um recurso (embargos de declaração) ingressado pela defesa do empresário Marcos Augusto Ferreira Queiroz, condenado a 22 anos de prisão pela morte de Edcarlos de Oliveira Paiva. A decisão é do último dia 6 de novembro.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado (MPMT), o homicídio contou com a participação de outras quatro pessoas, todas integrantes do grupo de extermínio. Os demais já respondem a ação penal e alguns deles, inclusive, já se submeteram ao júri popular.
O motivo do crime, segundo consta na sentença, foi o fato da vítima ser usuária de drogas e suspeita de participar de atos infracionais de roubo e tráfico de drogas na região do Cristo Rei, em Várzea Grande. Segundo o MPMT, os “mercenários” utilizavam táticas de inteligência na execução de suas atividades e faziam uso alternado de vários veículos na consumação dos homicídios, “Inclusive, com o emprego de placas frias, além de fazerem uso de balaclava e roupas camufladas, visando dificultar a apuração da identidade dos autores”.
A denúncia aponta ainda que os “mercenários” utilizavam armas pesadas, e sempre emboscavam suas vítimas. Edcarlos de Oliveira Paiva tinha 17 anos quando foi assassinado a mando do empresário, no ano de 2016, no Loteamento Joaquim Curvo, em Várzea Grande.